Os hábitos,comportamentos;o fotótipo de vida a que seguimos na sociedade ocidental contemporânea correspondem a uma imposição de regras estabelecidas pela própria sociedade e ,independem do desejo e liberdade de exercê-los ou não em nossa individualidade e particularidade.Essa afirmação é verdadeira pois pode ser aplicada no contexto da proposta elaborada por Émile Durkheim;no qual ele disserta em “As regras do método sociológico” acerca do “Fato Social”,afirmando que este se define por aquilo que independe do desejo individual do homem,o qual age de acordo com as regras sociais.
Um exemplo concreto dessa imposição presente na sociedade é a questão do trabalho.O trabalho é visto por todos como uma identidade do indivíduo,como fator determinante de sua dignidade.Quando ocorre a pergunta “Quem é você?” a primeira resposta que se dá é o nome e a segunda é a profissão,como se isto fizesse parte do caráter do cidadão.Porém,o que evidencia que a relação do trabalho não emana da essência do ser humano é o fato deste ter necessidade de ser remunerado para existir.O trabalho é algo de desinteresse para o homem;tanto isso é fato que POSSUI um valor(econômico),ao invés de SER um valor(ético).
Outro fato concreto que solidifica o argumento citado é a agregação do caráter ao vestuário do indivíduo.Por todo o mundo ocorrem casos de estupro,no qual o réu é absolvido ao constatarem que a vítima se encontrava,na ocasião do crime,trajada com roupas curtas ou justas;culpabilizando-a do crime como se o modo de se vestir justificasse a efetuação do crime.Em contraposição a estas absolvições expandiu-se a chamada “Marcha das Vadias”,na qual mulheres se vestiam com roupas insinuantes em uma passeata como protesto a tais crimes de estupro,alegando que usar roupas curtas ou justas não significa ser prostituta ou querer ser violentada;o que é fato.
A população não deve se submeter a tais imposições.Quem se sentir prejudicado por essas regras presentes na sociedade tem o o dever de manifestar seu descontentamento como ocorreu na “Marcha das Vadias” ou em tantas outras “marchas”.Ninguém tem o direito de ditar regras quanto à maneira de se vestir,ou de se comportar.O caráter diz respeito à essência do indivíduo,não ao fenótipo .
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