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domingo, 10 de setembro de 2017

Não adianta esperar ser servido por um garçom atento. O sistema serve ao capital. O proletariado pode ele mesmo buscar. Não o prato feito, como aquele que é entregue de bandeja aos donos dos meios. Mas pode ele mesmo plantar, cuidar, colher, preparar, e aí sim finalmente comer. Depois, é claro, de ter servido as mesas poderosas umas quatro, cinco, seis, sete vezes, ou mais.
E então voltar ao trabalho pois é preciso salário para garantir o alimento, ainda que produzido por ele mesmo. Em um ciclo infinito, até a próxima refeição, ou até que acabe. Ou a vida, ou o emprego. Ás vezes o emprego, e então a vida.
Mas não se pode reclamar de barriga cheia, e nem de barriga vazia, pois os supérfluos dariam tudo para ser parte deste carrossel. Como podem dar tudo, se não têm nada? Pior que ter pouco, é não ter nada. Pior que não ter nada, é ter menos ainda. O emprego antes da vida, dos filhos, do corpo, da felicidade, do amor. A sobrevivência não permite viver, e nem existir como unidade no mundo. As pessoas se misturam. Os mesmos problemas, as mesmas atividades, as mesmas dores já crônicas de executarem as mesmas tarefas árduas. O cérebro aos poucos desistindo do pensar. Pensar cansa, e ninguém nos paga para isso. Eu queria ter pensado um pouco hoje, mas chegaram as contas para pagar.
A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra pós revolução industrial era lastimável, poucos vão negar. Mas como estão os trabalhadores hoje? Vivem? Ou pouco contestam os cortes de direitos porque não têm tempo para pensar?

Gabriela Rangel Eduardo Silva
Direito matutino- 1° ano

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