Vive-se
uma sociedade em que ativismo social na mídia se tornou rentável, uma maneira
que a burguesia encontrou de manipular as massas para manter o seu status quo e
como previsto no manifesto comunista, os grandes industriais modelam um novo
meio de família tradicional para lucrar em cima disso, a partir dos desejos de
movimentos sociais e assim abafar o quê realmente ocorre na exploração do
mercado sobre o proletariado.
Trazendo visibilidade a temas como os
de gênero, pautas LGBT+ e raciais, mas essa visibilidade só ampliou o mercado
consumidor que versa Marx em sua obra, houve a saturação de certos padrões de
beleza eurocêntricos que inflaram o mercado mundial, fazendo com que houvesse a
necessidade de expandir para novos mercados, no caso o das minorias, apesar da
visibilidade nestes ambientes serem de extrema importância no combate a
ignorância contra tais assuntos, estas
propagandas e produtos ainda assim não são acessíveis a uma grande parte da mão
de obra que constrói esse mercado.
E temas de cunho social deveriam ser
pautas do Estado para regular e educar a população como detentor do poder Supremo
junto a lei, mas por conta do sistema atual em que os Estados vivem, o Mercado
e o Estado tornaram-se intrínsecos, fazendo com que uma tonelada de pessoas
batam palmas para indústrias que possuem maior renda que o continente africano
e mesmo assim não consigam adquirir tais produtos por conta da desigualdade salarial
daqueles que os empregam, junto a uma conivência silenciosa do Estado sobre os
abusos os quais este participa.
Uma constante busca pelo sonho
americano de liberdade e consumo, bombardeados de forma sonora e visual,
incluindo a pressão social que acabou-se criando nas sociedades modernas por
conta dessa cultura comercial que é implantada nas mentes mais jovens,
novamente a obra O Manifesto Comunista trata de como a cultura de determinada
localidade é utilizada como meio de alienação e consumo, como se fazem
hodiernamente discussões sobre a cultura negra, comercializando cremes para
cabelos crespos e cacheados, venda de lenços para turbantes e roupas com
estampas tribais. Esta exploração cultural não é para exaltar os negros e seu
legado, mas apropriar-se deste movimento, expandi-lo, vende-lo e satura-lo,
esvaziando toda a sua carga cultural e tornando-o mais um produto fútil e
adestrando o povo como verdadeiro gado.
Como foi feito com o movimento
hippie nos anos 70, este grupo que pregava a liberdade sexual, amor a natureza
e aos seres, um verdadeiro contraponto a política opressora americana que guerreava
contra o vietnã, utilizavam de bandanas e festivais para propagar seus
ensinamentos de forma sútil e compromissada com os ideais. Entretanto, após
alguns anos, o movimento político foi reduzido a festivais de músicas
caríssimos, bandanas que são propagandeadas em videoclipes para adolescentes, e
todo aquele amor a natureza foi transofrmado em roupas que utilizam de couro
animal e petróleo, não passando de um câncer, uma hipocrisia ambulante que se
paga muito, para ter um look vintage e na moda.
Exatamente por estes fatores que na
obra o autor verifica a inevitabilidade das crises no sistema capitalista-burguês
e gera constantemente a irritabilidade do operário, pois sua cultura é amassada,
usada, cuspida e reduzida, enquanto que suas vidas não saem da lama social em
que são cada vez mais puxados para baixo por meio de dívidas e hipotecas para
manter a busca pelo sonho americano e padrões de primeiro mundo, isso se
acumula e implode numa luta entre classes que se torna futuramente no comunismo
após a ditadura do proletariado.
Alexandra de Souza Garcia 1° Direito/noturno
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