CONSUMIDO
Cama, café gelado,roupa de operário e bota de aço
Mais um dia produtivo na indústria
Ou talvez, só mais um dia de angústia
Mãos, dedos, martelo e prego
Mas não martele a mão nem pregue os dedos
O martelo talvez seja a salvação
Começa-se uma conversa na fábrica de uma tal revolução
A burguesia quebra os dedos do operário
Os mesmos dedos que gastam o salário
O capital voltando para o burguês
Maravilha ! Nenhum gasto se fez
O gasto verdadeiro foi físico, mental
Coisas que não valem no mundo do capital
O proletário chora ao ver as contas e a falta de comida
O olhar de sua filha o intimida, o que fazer ?
Lembra das conversas da fábrica e do martelo
Não tem tanta certeza, mas não há outra saída
Uma vontade o inflama, usar o martelo para recuperar sua vida !
Gabriel Martins Raposo Direito 1°ano - Noturno
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