O filme Ponto de Mutação mostra o encontro de três
pessoas em discussão sobre condições físicas da Terra, das relações entre os
homens, da mediação do conhecimento na sociedade e da necessidade de uma nova
visão de mundo, visto que a humanidade passa por uma grave crise de percepção.
Descartes
criou o pensamento mecanicista, sendo a natureza, uma máquina que poderia ser desmontada
para ser compreendida e Isaac Newton ainda teria contribuído com o pensamento
cartesiano quando formulou as leis do movimento na física, que influenciou as
artes, a política e toda a sociedade.
O que Descartes não previu, é que o homem, sendo
parte da natureza, precisa estar ligado em algo, precisa se relacionar em
sociedade para sobreviver, não podendo ser analisado de forma isolada. Por conseguinte, ao analisar a natureza, também deste modo, como propõe o francês, lhe
causa grande dano, pois é a correlação de todos os elementos presentes no
universo que pode fazer com que ele se mantenha sozinho, sem intervenção alguma.
O
filme diz que a essência da vida é a auto-organização para utilizar todas as potencialidades que o sistema possui e que não se evolui no planeta, mas
com o planeta. Por fim, o poema de Pablo Neruda representa uma metáfora sobre o que vidas dos personagens representavam diante das ideias que se propuseram a pensar. O poema junta a
teia de relações que é a humanidade.
O discurso do filme é
uma realidade ainda hoje. As pessoas recebem
tudo pronto em suas mentes e não percebem que todas as coisas criadas pelo
homem podem e devem ser moldadas. Precisam pensar com maior relatividade a mediação do conhecimento diante de
todas as descobertas que são impostas e modificam seu modo de agir na
sociedade, que é parte de uma nação, parte de um continente, interligados a um sistema
maior, toda a humanidade.
Gabriela Melo Araújo
1ºano - Direito Noturno
Introdução à Sociologia
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