O filme ‘’O Ponto de Mutação’’, de Bernt Capra, se passa nos anos 90 na
França, próximo ao Canal da Mancha e retrata a discussão de três pessoas, um
poeta, um político e uma cientista que debatem diferentes pontos de
ser entender e explorar a vida.
No filme, a cientista Sonia exemplifica a visão mecanicista de René
Descartes através de um relógio, essa que entendia o mundo como uma máquina e defendia que o objeto de estudo deveria ser repartido
para ser melhor explorado e compreendido. Ela critica essa visão e afirma que através
desse pensamento a sociedade sempre fazia reparos pontuais e não verdadeiras mudanças.
Estas que eram essenciais para a evolução da ciência e do pensamento sobre a
natureza e sociedade.
A personagem defende que esta visão mecanicista, por ser reducionista e
investigar as ações humanas separadamente, é o fruto dos problemas existentes
na sociedade, devido ao fato de ser uma errada percepção de mundo, esta que é
patriarcal, cartesiana e newtoniana. Com isso era necessário um pensamento mais
abrangente, como o da Teoria dos Sistemas Vivos, o qual propõe uma visão de
mundo unificada, em que não haja a repartição do objeto de estudo e a qual
estuda a organização dos objetos e os seus sistemas conjuntamente.
Com relação a isso, tem-se no filme a metáfora da praia, a qual a areia
representa as antigas percepções de mundo que no andar do filme é preenchida
pela água do mar, essa como representação do novo, da concepção
mais abrangente e fluida. Resumo do que é defendido no filme. Portanto, podemos
concluir que o filme ‘’O Ponto de Mutação’’ procura romper com paradigmas
antigos e propõe a busca de novas percepções de mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário