Os três iniciam a discussão frente a um antigo relógio: a ideia de que o homem e o mundo, tal como o relógio, é uma máquina, criada por Descartes, é criticada por Sofia, que ressalta a importância de uma nova perspectiva para se lidar com os problemas da contemporaneidade. Essa é a pauta que guia o filme: a necessidade de novas visões de mundo. Contudo, não só expondo isso, o filme também mostra os problemas decorrentes da mudança, sejam eles no campo da política ou da ciência. Através de exemplos como os malefícios de uma medicina que preza antes pela remediação do que pela prevenção, ou pela visão reduzida de governantes, que se espelham em fragmentos ínfimos da realidade para projetar suas gestões, a obra tenta convencer o espectador sobre quão fadada ao fim é nossa atual sociedade.
A discussão trazida pelo filme, mesmo depois de duas décadas, ainda é relevante. Mesmo que já se tenha considerável conhecimento sobre os problemas de hoje, há ainda obstáculos a serem superados para solucioná-los, sendo o principal deles a perspectiva egocêntrica e pouco ampla do homem contemporâneo, como sugerido por Sonia.
Victor Gabriel Suzumura Cintra
Direito Noturno
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