Ao promover uma reflexão
sobre o efeito da percepção humana no entendimento e na estruturação do mundo,
o filme O Ponto de Mutação, baseado no livro de mesmo título, de autoria de Fritjof Capra, desmistifica modelos
sistêmicos de pensamento vigentes até então, como o Mecanicismo de Descartes,
relevante principalmente na área do conhecimento cientifico, e propõe uma nova
visão sobre a integração dos mecanismos que regem a natureza.
Como símbolo metafórico da alienação do pensamento, a ilha
de Saint Mitchel, isolada temporariamente pelas marés, atua como cenário do
debate entre as três personagens principais. Cultiva uma atmosfera propícia ao
desenvolvimento do enredo, que propõe uma nova maneira sistêmica de pensar,
onde não mais ocorre a divisão do todo em partes, porém a compreensão de uma
teia de relações onde a conexão e a interatividade entre as partes é essencial
na busca do equilíbrio e do desenvolvimento sustentável.
Por fim, ao defender a cegueira humana como uma falta de
abertura para o novo, sendo a abertura uma forma de enxergar o todo,
compreendendo sua integração, sem antes fracioná-lo, a seguinte questão é
proposta: se o mundo é e se faz de acordo com a visão particular que cada um
cultiva dele, e se a visão atual do mundo não é satisfatória, por que não modificar
a forma de enxergá-lo?
Alice Rocha - 1° ano Direito Noturno
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