Era
um planeta. Era um ecossistema. Era uma população. Era um ser. Era uma célula.
Era um átomo. Era um próton. Era um elétron. Era um nêutron. Na ciência, já vemos que o foco do homem
passa de uma visão mais ampla para uma mais restrita. Inegável o quanto o
conhecimento humano aumentou com as divisões de áreas de estudos, porém até
onde uma classificação é necessária? Até onde uma maneira cartesiana pode
definir se um governo é democrático ou se o homem é bom ou ruim por natureza?
Até onde qualquer objeto tem só uma faceta?
Passamos
pela Era Medieval e a Era Moderna, havia leis que regiam os homens, teorias
aceitas a cerca da natureza, livros de como governar a sociedade. Mesmo que o
homem não tivesse todas as respostas pelo menos ele se conhecia, individualmente.
Nasce Freud que, como quem bate em vidro, fragmenta o homem. O individuo não se
conhece mais, ele é consciente e inconsciente, ele reprime suas ideias e suas emoções,
sua personalidade pode não a qual ele acreditava ser. O humano se torna frágil
e tenta se reconstituir, desse modo chegamos na “Pós-modernidade”, na qual o
homem torna seus afetos e seus compromissos efêmeros para satisfazer-se, buscar
uma certeza incansavelmente depois de ter perdido a certeza de quem ele mesmo
é.
Conclui-se
que após passar pela fragmentação da Natureza, fragmentação dos átomos e fragmentação
da consciência humana, chegamos a uma era sem nome próprio, que se diferencia
da passada, que nos trouxe mais agonias existenciais que todas as anteriores e –
talvez - de tão confusa não possua nome. Por esse prisma toda a confusão partiu
da fragmentação do mundo então a solução poderá ser a reconexão. Reconexão da
psique. Reconexão entre os homens. Reconexão com o ecossistema. Reconexão com o
planeta.
Júlia
Andrade Nunes Queiroz - 1º ano Direito Noturno
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