O
convite ao novo
O
filme “Ponto de Mutação” se trata da adaptação cenográfica da obra de Fritjofra
Capra que se delineia a partir da conversa entre uma cientista, um dramaturgo e
um candidato à presidência; um dos aspectos mais marcantes desse filme é que
diferentemente de exemplares de origem “hollywoodiana” - onde a ação é um
elemento frequentemente presente- neste longa do diretor austríaco, o dialogo
filosófico e acima de tudo bem elaborado ditam o ritmo do filme.
Durante
este dialogo são versados de forma geral aspectos pelo qual o homem é
influenciado ou influenciador, por exemplo, as condições físicas da terra ou a
relação entre os homens. O interessante dentro dessa conversação é que a
argumentação dos pontos de vista referente a cada tema leva em consideração
preceitos da filosofia e de pensadores modernos e antigos, criando quase uma
oposição comparativa entre as duas épocas.
A
filosofia de Renne Descartes, por exemplo, é abordada pela cientista que,
apesar de reconhecer a importância da teoria do mesmo, a luz da época em que
foi escrita, acredita que atualmente essa tese seja um tanto quanto “danosa”.
Isso porque faz com que as pessoas enxerguem a parte e não o todo, que tenham,
portanto, uma visão fragmentada, uma maior relevância do pensamento micro em
relação ao macro.
De
fato, um dos prováveis desdobramentos desse tipo de pensamento na sociedade
atual é a forma extremamente individualista que se conduz as relações com o mundo
em que habitamos: a forma em que os estudos acadêmicos são dirigidos, nossa
posição ambiental, a falta de consciência coletiva, a ideia do “self made men”,
dentre diversos outros aspectos.
Portanto,
um dos “legados” que o filme deixa é um convite a reflexão - por meio da evocação
dentro do dialogo de Descartes, Eistein, da política, ecologia etc- dos valores
atuais e também, consequentemente, a uma nova e diferente visão de mundo.
Ana
Paula De Mari Pereira
1º
ano de Direito - Diurno
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