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segunda-feira, 26 de março de 2012

"Chega a hora então de provar tudo que existe"


Até o ínicio do século XVII a filosofia era conhecida como a ciência da reflexão, incapaz de produzir algo concreto. Platão e Aristóteles construíam a dialética, com suas precauções tardias que nada modificavam de fato a sociedade, e serviam mais para explicar os erros do que buscar uma verdade concreta.
Em 1620 é publicado o livro "Novum organum", de Francis Bacon, propondo um novo método, contrário a  filosofia conhecida até então. Para Bacon, a verdadeira filosofia só seria alcançada através da fusão da razão com a experiência;  as duas juntas, em equilíbrio, formariam os pilares para o novo método.
Talvez se pensarmos mais a fundo sobre a teoria de Bacon consigamos aproximá-la aos dias de hoje, considerando que há muitos Aristotélicos e poucos Baconianos na sociedade. O que não faltam são discursos bonitos e revolucionários que se dizem capazes de mudar o mundo, mas que não se movem ao menos para melhorar as condições da própria família. Nike, apple e outras marcas não podem faltar no dia a dia da maioria de nossos revolucionários.
A realidade é que há muita fala e pouca ação. Nesse ponto Bacon tinha total razão ao dizer que não faz sentido refletir sem construir algo concreto. O discurso desprovido da ação é um mero discurso, incapaz de modificar algo significante para a sociedade.

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