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segunda-feira, 26 de março de 2012

A contribuição de Bacon


 Francis Bacon (1561- 1626) viveu em uma época de intenso movimento cultural inglês  e sua atividade política, iniciada no reinado de Elizabeth I, possibilitou condições para dominar essa efervescência dentro de uma perspectiva muito mais ampla do que a maioria de seus contemporâneos.
Bacon clamava por uma reforma total do conhecimento humano, pretendia um “verdadeiro e extraordinário progresso do saber”. Objetivava descobrir um método que permitisse o progresso do conhecimento; não apenas a catalogação de fatos de uma realidade supostamente fixa ou obedientes a uma ordem divina. Para ele o saber natural deveria ser concebido como saber ativo e reproduzido em resultados práticos.
O procedimento indutivo, proposto por Francis Bacon, se difere do método dedutivo aristotélico. A principal diferença entre os pensamentos de Bacon e Aristóteles é que o primeiro afirma que o procedimento indutivo permite atingir a substância, e, segundo ele, as conclusões do método dedutivo aristotélico não modificam o andamento das pesquisas. Em contrapartida, Aristóteles defende que o método indutivo só poderia se contribuir de maneira incerta ou imprecisa e cuja necessidade só pode ser atingida pelo processo dedutivo. Por outro lado, a proposta de Bacon se assemelha à de Descartes no sentido de que, antes de abordar o conhecimento verdadeiro, ambos examinaram exaustivamente as causas e as formas do erro. Bacon o fez por meio da sua teoria de “crítica dos ídolos”, e Descartes por meio do método de análise conhecido como “dúvida metódica”.
Francis Bacon é considerado por alguns estudiosos como sendo o “inventor do método experimental” ou “fundador da ciência moderna e do empirismo”. Contudo, outros defendem que Bacon foi apenas o pregoeiro da ciência moderna, e jamais seu criador. De qualquer forma, o método indutivo proposto por Francis Bacon representa a certidão de nascimento do empirismo moderno, que se opõe a qualquer forma de racionalismo dogmático
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