A partir da ascensão da burguesia, quando o progresso se torna fundamental à humanidade, cientistas e pensadores deixam de buscar o conhecimento de uma maneira contemplativa apenas e passam a buscá-lo com a finalidade de servir ao Homem, trazendo o tão sonhado progresso.
Com o avanço do domínio burguês na Europa e, posteriormente, no resto do mundo, as ciências foram se desenvolvendo e servindo cada vez mais ao capitalismo, essa nova ordem mundial que foi sendo consolidada, culminando com a invenção da máquina a vapor e consequente Revolução Industrial.
Contudo, se essa “revolução” trouxe progresso no sentido de conhecimento, agilidade de produção e consumo massificado, por outro lado significou um retrocesso para as pessoas que não eram donas dos meios de produção, denominadas de proletariado – expressão que se refere à reprodução da prole, ou melhor, mão de obra, única função social dessa nova classe, além de claro, trabalhar arduamente. Isso porque havia jornadas exaustivas de 14 horas para os homens e 12 para mulheres e crianças, além das precárias condições de trabalho, graças às quais muitos meninos e meninas tiveram seus membros amputados. O trabalho era desumano e o Homem, pouco a pouco, foi se reificando.
Após a supracitada revolução, Ford torna o trabalho especializado e o proletário, cada vez mais, vai se tornando apenas uma máquina. E pior, caso fosse despedido, nada poderia fazer, pois sabia apenas cumprir determinada função e seria improvável encontrar outro emprego, não restando chances de se rebelar contra essa escravidão a ele imposta.
E cada vez mais, o proletário foi sendo explorado e se tornando alienado, não se identificando com aquilo que produz e não podendo se rebelar, tanto por sua especialização quanto pelo exército de reserva capitalista. Ou seja, a ciência moderna, que supostamente serviria para o bem comum, acabou transformando o Homem em escravo do trabalho e das classes dominantes.
Resta agora buscar meios para que os futuros proletários do país, os jovens, criem uma consciência de classe e possam buscar condições melhores para suas vidas, sem se deixar tornar escravos do trabalho, atingindo, aí sim o progresso, dessa vez não em prol de uma classe dominante, mas de toda humanidade.
Somente assim a afirmação de que “o trabalho enobrece o homem” será verdadeira, e não apenas mais uma frase da ideologia imposta a todos nós.
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