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domingo, 3 de abril de 2011

Toda ciência após Bacon é plágio?


Francis Bacon, em sua obra, contradiz a opinião de Descartes sobre a perfeição humana que tem a natureza apenas como um complemento. Afirma que a natureza supera em muito os sentidos e o intelecto, não sendo algo complementar e sim singular. Mas, não seria prepotência considerar o ser humano como algo não-natural? Se somos parte do meio, nosso intelecto não seria também inserido na natureza?
Descartes dedica-se a apresentar suas ideias de forma progressiva na linha do tempo, já Bacon lista suas conclusões o que já demonstra a preocupação de cada um dos dois em já qualificar sua metodologia de pesquisa em seu próprio discurso. Enquanto Descartes defende o pensamento para provar a verdade e por isso vai escrevendo sua linha de raciocínio, Bacon escreve seu livro em forma de aforismos, tópicos conclusivos que se explicam por si só, como um relatório cientifico. Algo experimental.
Leva o racionalismo humano às ultimas consequências, não sendo apenas suficiente para ele a comprovação filosófica daquilo que pensa e sim sua experimentação.
Para ele, a estruturação científica e intelectual já está formada, que apenas os homens unem essas ideias preconcebidas para derivar outra.
Não há mais o que ser criado. As coisas novas são apreendidas apenas como analogia às antigas. Tal comentário para a sua época até poderia ser válido, mas hoje em dia com o avanço de ciências que não existiam naquela época, demonstra sua visão apocalíptica das ciências, como se a mente humana não fosse capaz de criar, somente de evoluir e incapaz de criar quaisquer coisas que não sejam mero plágio daquilo que já foi pensado, em outras palavras.
Verdade ou não, Bacon, se fosse vivo, veria como a ciência evoluiu e quão equivocado ele foi.

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