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domingo, 3 de abril de 2011

Antecipação da Mente e Interpretação da Natureza

Na obra ''Novum Organum''ou ''Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza'', publicada em 1620, Francis Bacon propõe um novo método para a ciência.Ele defende a existência de duas tentativas de se atingir o verdadeiro conhecimento, sendo que a primeira é considerada por ele como inadequada: o cultivo das ciências, também chamado por ele de ''antecipação da mente'' e a descoberta científica, que ele nomeia de ''interpretação da natureza''.Francis Bacon multiplica suas críticas à primeira relacionando-a fortemente com os pressupostos e com métodos falhos e carentes da atividade experimental.Considera que a razão, por si só, é incapaz de conduzir à descoberta científica e conclama seus leitotes a disciplinar suas mentes, não as deixando guiar-se por si mesmas.Ele caracteriza a antecipação da mente como o alicerce do senso comum e como sendo ilusória.Critica ferozmente a filosofia tradicional grega, comparando os filósofos gregos com crinças e completa suas críticas a estes declarando infrutíferas as teses aristotélicas.Separa a ciência do simples exercício da mente e liga este à idolatria.O pensador inglês subdivide estes ''ídolos'' em quatro grupos: os ''ídolos da tribo'',vinculados ao próprio ser humano; os ''ídolos da caverna'',referentes ao ser humano enquanto indivíduo; os ''ídolos do foro''(da feira), que incluem as relações do ser humano com outrem e os ''ídolos do teatro'', que segundo o autor abrangem equívocos impregnados, superstições e a filosofia tradicional.Em oposição, Francis Bacon trata da interpretação da natureza como sendo profudamente experimentalista, dotada de clareza, além de apontá-la como ''a cura da mente''.Seu intuito é buscar a ciência útil e aplicável que conduziria ao bem-estar do homem e que seria constantemente marcada pela inovação.O autor acredita também que a ciência é o mecanismo pelo qual o ser humano pode dominar a natureza a relaciona com o poder do homem.Pensa ainda que ''não é pequena a diferença existente entre os ídolos da mente humana e as idéias da mente divina , ou seja, entre opiniões inúteis e as verdadeiras marcas e impressões gravadas por Deus nas criaturas, tais como de fato se encontam''.

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