Bacon foi considerado por muitos o patrono intelectual da sociedade. Ele foi um dos primeiros a ver que o conhecimento científico poderia dar ao homem poder sobre a natureza, portanto, que o avanço da ciência poderia ser usado para promover o progresso e a prosperidade humanos. Mas achava que ninguém cuidara disso da maneira certa.
Bacon propôs um método poderoso e altamente disciplinado para a aquisição de um conhecimento sobre o mundo que possibilitasse a descoberta de leis naturais, num movimento do particular para o geral, conhecido como indução; feito isso, poderemos fazer prognósticos apurados.
Se, ao contrário, aplicássemos a lei nos casos particulares, nos moveremos do geral para o particular, num processo dedutivo. O método de Sherlock Holmes, aludido como dedução, em verdade é a indução.
Essa formulação do método científico teve uma grande influencia do século XVII ao XX. Várias gerações de cientistas e de filósofos foram guiadas por ela, avaliada como o caminho correto da diferenciação entre o conhecimento científico e outros tipos de conhecimento.
Bacon nos alerta contra as falsas noções que nos levam para longe do pensamento, o que ele chama de ídolos. Os “ídolos do teatro” são sistemas de filosofia que representam a realidade de maneira enganosa. Estão presentes nos dias de hoje naquilo que chamam de ideologia, que cria uma falsa consciência.
Bacon separou a ciência da metafísica, vendo que as explicações científicas eram fundamentalmente causais, não explicações em termos de suposições.
Suas afirmações do papel essencial da observação e do experimento para a aquisição de conhecimento confiável tiveram um importante valor, e sua insistência para que nunca nos esqueçamos do exemplo negativo, que nos guiará às conclusões certas.
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