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domingo, 3 de abril de 2011

Homem: animal pensante.


O homem se diferencia dos demais animais pela sua racionalidade e pelo modo como, através desta, lida com o meio no qual se insere. Nesse sentido, ele busca adaptar condições naturais a seu favor e tornar-se menos limitado. E é aí que a humanidade adentra em processos de criação, por meio dos quais os indivíduos amenizam suas incapacidades e determinam facilidades. Isso pode ser notado desde o princípio da existência humana: quando a necessidade principal era a caça, fez-se de pedras, lanças; diante das distorções da visão, criou-se o óculos; tendo surgido o ímpeto de exploração, projetou-se embarcações e mais tarde a caravela. E assim continuadamente, à medida que evolui e explora o meio em que vive, o homem estabelece esse ciclo de colocação de uma necessidade e superação desta, seguida por uma nova necessidade e assim por diante. Frente a esses processos adaptativos há uma importante ferramenta, que é também combustível e suporte: a ciência. Para Francis Bacon, é justamente nesse sentido que as pesquisas e buscas científicas devem caminhar, visando a geração do bem comum e o melhoramento da condição humana. Bacon aponta ainda a verdadeira ciência como atuante na representação das reais intenções divinas. Resta-nos então compreender do que se trata, para ele, tal veracidade. Esta, se dá a partir da cura da mente, que consiste em disciplinar nossas idéias, rejeitando o labor do intelecto e regulando-o por meio de mecanismos da experiência. Nesse sentido, para alcançar a verdade científica, o homem precisa manter e fortalecer o vínculo estabelecido desde o seu surgimento com a natureza, que permite que o homem não só sane suas necessidades primordiais, como também que estabeleça novas perspectivas. Para assim não simplesmente sobreviver, mas viver melhor.

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