Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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domingo, 3 de abril de 2011
Ciência e aplicabilidade
Francis Bacon, considerado o fundador da ciência moderna, inova ao criticar a ciência como mero exercício da mente e assim, propõe que a ciência tenha fins úteis para o homem. A partir de sua Instauratio magna (Grande Restauração), Bacon faz suas críticas à tradicional ciência baseada no método indutivo aristotélico, além de lançar as bases lógicas da ciência por ele proposta, que deveria dar ao homem o domínio da realidade. Ele afirma que os estudos e a sabedioria não podiam ser um fim por si sós, ou seja, o conhecimento não aplicado em ação nao passa de uma vaidade acadêmica. Bacon classifica a ciência em três grupos: 1) História civil e natural ou ciência da memória; 2) A poesia ou ciência da imaginação; 3) Filosofia ou ciência da razão, isto é, conhecimento racional de Deus, do homem e da natureza. Mas é a ciência da natureza que mais interessa a Bacon. O autor preocupa-se com os erros comuns que obstruem o acesso ao conhecimento verdadeiro. Ele chama esses erros de ídolos e os classifica em quatro gêneros: 1) os ídolos da raça (a deficiência do próprio espírito humano); 2) os ídolos da caverna (determinado pelas disposições subjetivas de cada um, e pelos costumes); 3) os ídolos do foro (referente ao mau uso da linguagem) 4) ídolos do teatro (são os erros provenientes das escolas filosóficas, que substituem o mundo real por um mundo fantástico). Trantando agora da interpretação da natureza, ele diz que deve haver equilíbrio entre o trabalho mecânico e o labor da mente, uma vez que ambos trabalhando em conjunto produzem muito mais. Para ele saber é poder, visto que ele propõe a ciência como forma de dominar a natureza em favor do homem. Partindo do princípio da experiência como fonte de todo conhecimento, Bacon preconiza seu Novo Método para a investigação científica. Este método baseia-se em três passos: 1) Observação dos fatos; 2) Colocação de hipóteses por indução; 3) Verificação experimental das hipóteses com maior número possível de experiências. Sendo assim, Bacon, o fundador da ciência moderna, notável político, inaugura a metodologia científica da ciência moderna, em vigor até os dias atuais.
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