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domingo, 3 de abril de 2011

Provado, então aprovado.

Bacon, diferentemente da filosofia vigente até sua época, reivindicava a aplicação do método indutivo, diferentemente do que acreditavam os pensadores da Escolástica. Para ele, o que importa é a interpretação da natureza, através da qual ele julga ser possível dominá-la não apenas no sentido de conhecê-la e compreender seus fenômenos e seu funcionamento, mas no intuito de, na prática, fazer uso dos seus recursos. Isso deve ser feito vigorando o empirismo, no qual as percepções adquiridas pela experimentação, varolizando o caráter materialista do método.


Isso realça o que vinha crescendo na sua época, que opondo-se às conclusões da metafísica, baseava-se nos dados reais evidenciados por experimentos, o que até indubitavelmente marca de maneira muito forte o conceito da ciência moderna e o seu processo de formação. Bacon tomava muito cuidado para não cair em ideias errôneas que eventualmente podem ser tomadas como verdades pelos seres humanos quando alicerçam a base para a obtenção do conhecimento apenas na sua própria razão. É nesse ponto que tem-se a divergência entre o método cartesiano e o baconiano. Bacon inclusive ressaltou e classificou no formato de "ídolos" os fatores que podem levar a esse enganos (da tribo, da caverna, do teatro e do foro).


Enfim, o que mais chama a atenção no método desse filósofo é a busca por uma ciência detentora de utilidade prática, que traga melhorias concretas para a vida em sociedade. Esse era um aspecto que faltava aos pensadores anteriores e que foi marcante para a diferenciação das metodologias. De fato, a partir daí tonrou-se ainda mais perceptível a importância da ciência aplicada, já que essa encaminha o desenvolvimento de diversas áreas da vida humana sem depositar sua segurança na falibilidade do pensamento meramente racional desligado de comprovações e evidências.

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