Pertencente a uma época em que o ensino baseava-se na tradição, René Descartes buscou romper com o
método utilizado a partir do questionamento e da desconfiança de todas as coisas:
a dúvida. Assim, partia-se da racionalidade para conhecer mais sobre si e sobre
a sociedade, para poder transformá-la e influenciá-la, mas também sendo
diretamente influenciado por ela, por meio da burguesia e da religião.
Com a obra “Discurso do
Método”, Descartes expõe o caminho que utilizou para alcançar a razão, algo que
almejava conforme crescia, pois encontrava-se repleto de indagações e imerso em
sua própria ignorância, a qual o impedia de analisar o presente. Desse modo, o
filósofo francês construiu sua metodologia científica cartesiana para obter a
verdade de modo que passasse a questionar todos os preceitos.
Utilizando-se da
racionalidade como um instrumento essencial a seu método, Descartes propõe quatro
máximas que fundamentam sua metodologia, sendo elas: a dúvida metódica, a
partilha do conhecimento, a compreensão da parte mais simples até a mais complexa e
a relação metódica entre essas partes. Todavia, para o filósofo e matemático
seria preciso um fundamento último para impor a razão e esta seria, portanto, a
existência de Deus. Sendo assim, como tudo provém dessa divindade perfeita, o
pensamento já verifica a existência: “penso, logo existo”.
Desse modo, René
Descartes buscou ampliar seu conhecimento através da busca da verdade pautando-se
na razão, esta que explicaria o mundo, utilizando sua obra para discorrer sobre
sua experiência, podendo assim, sair da superficialidade do senso comum e
aprofundar-se no conhecimento que seria decorrente, principalmente, da dúvida.
Lara Costa Andrade
1° ano de Direito Diurno
Introdução à Sociologia- aula 2
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