A imprensa é um importante mecanismo de comunicação, contudo, nota-se uma crescente propagação da manipulação daqueles que só têm por base a opinião alheia. Esses equívocos seriam minimizados caso a população fizesse uso dos métodos cartesianos desenvolvidos por René Descartes, conforme difundido no "Discurso do Método".
Um exemplo bastante relevante e emblemático foi o caso da Escola "Base", instituição de ensino infantil, que foi vítima de uma mídia sensacionalista e de uma investigação despreparada que atribuiu culpa a um crime não cometido. O caso ocorreu em 1994, seis pessoas foram acusadas de pedofilia, dentre elas estavam os pais de um aluno, os motoristas da van escolar e os donos do colégio. Mais tarde, depois de uma averiguação minuciosa foi constatada a falsidade das acusações, mas já era tarde, a mídia já havia feito a sepultura da idoneidade daquelas pessoas e do local de ensino, o qual veio a falência.
Apesar desse caso e de inúmeros outros, mais recentes, capazes de provar que somente a mídia sensacionalista e irresponsável não é o instrumento mais adequado para a formação de opinião, a população ainda se baseia de forma ardilosa nesses veículos.
Essa forma de pensar das pessoas, bem como a forma de agir da mídia, baseiam-se no senso comum, sendo contrárias ao método cartesiano. Esse método prega o conhecimento em quatro enfoques, sendo eles: o do questionamento, ou seja, a não aceitação de algo como verdade absoluta; o da repartição das dificuldades com o intuito de melhor solucioná-las; o da investigação mais simples para a mais complexa, e por fim, enumerações completas com o propósito de verificar que nada foi omitido.
Dessa forma, seguindo esses preceitos estabelecidos por Descartes, haveria menos julgamentos infundados, diminuindo a perversidade midiática que fere de modo indiscutível a vida de inocentes.
Ariane do Nascimento Sousa
1° ano Direito Noturno
Introdução à Sociologia- Aula 2.
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