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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Entre o sentimento e a racionalidade



            Principalmente em casos que afetam diretamente a área ética da opinião pública é que surge com maior facilidade o sentimento de injustiça e junto com ele o pensamento de solucionar tal sentimento com “as próprias mãos”, porém, tal sentimento deve ser ignorado pelo ser humano racional que, além de enxergar certa crueldade no “olho por olho, dente por dente” deve perceber que é para isso que existe o estado, consequentemente, segundo Kelsen, a Norma.
            Se vivemos em sociedade sendo esta regida por uma lei maior, seja constitucional, seja aquela em que o costume consagrou ou religiosa, devemos respeitar tal lei e não seguir o instinto de correção daquilo que lhe parece errado. Justiça com as próprias mãos nada mais é que vingança e esta só gera mais da mesma em um ciclo irracional de atos ofensivos às vezes até a direitos humanos, como mostrado no filme “código de conduta” em que o ato de justiça para a personagem se torna um assassinato brutal e cruel.
            Acima de tudo, a soberania estatal perante as relações jurídicas deve prevalecer, mantendo a ordem social e fazendo valer a norma que foi estipulada por representantes do próprio povo e eleitos pelo mesmo. É através da compreensão de que existe algo feito e positivado por nós para a coerção de casos que ofendam esta mesma norma que nós tornamos realmente seres humanos pensantes e racionais, nos afastando do nosso estado natural ou de outros seres vivos menos evoluídos, buscando assim a pós modernidade em si, onde o homem consegue viver em uma sociedade principalmente fundamentada no respeito ao outro ser social que com ele convive e confiante nos mecanismos criados por ele mesmo para a manutenção da ordem desta vida social.

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