As falhas apresentadas pelo aparelho
jurídico revelam sua imperfeição e destacam motivos pelos quais os indivíduos
ainda questionam a execução da justiça com as próprias mãos. As decisões estabelecidas judicialmente
muitas vezes tornam-se decepcionantes, isso nos remete à temática: “Alguma justiça
é melhor que nenhuma (?)”
O filme Código de Conduta exemplifica
uma situação na qual o aparelho jurídico não foi capaz de solucionar um
conflito de maneira satisfatória à parte lesada. Neste caso o desfecho obtido
revela uma oposição de opiniões entre a decisão jurídica e a parte lesada, o
qual gerou relevante descontentamento capaz de acarretar inúmeros atos de
vingança.
Pode-se avaliar que a causa para todos
os acontecimentos sucedidos no filme tem inicio quando é tomada a decisão de
optar-se por alguma justiça ao invés de arriscar-se a perder todas as
possiblidades de obtenção desta em busca de sua plenitude. A principal questão a ser analisada é a
frieza e racionalidade dos tribunais os quais não priorizam os sentimentos
existentes em cada uma das pessoas ao tomar suas decisões. Estas decisões
buscam sobretudo reintegrar a ordem social, característica própria do direito
restitutivo, isso muitas vezes faz com que os indivíduos não sintam-se
completamente ressarcidos o que acresce-lhes o sentimento de realizar a justiça
por conta própria.
Giovanna Cardassi
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