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segunda-feira, 17 de setembro de 2012



O filme “Código de Conduta” aborda um dos temas mais contraditórios do sistema judiciário: o direito restitutivo.  O filme mostra que o direito falha ao criar um abismo entre a justiça propriamente dita e a burocracia do sistema, que, no caso, acabou por reduzir a punição de um réu culpado, alegando ilegitimidade de provas.
Na produção, Clyde (Gerard Butler) é um homem que vê sua filha e esposa sendo assassinadas e aguarda uma justiça, que não vem. Indignado com o funcionamento do sistema, ele busca justiça e, indo ainda mais fundo, espera promover uma mudança em todo o corpo judiciário, em uma luta contra aquilo que chama de ‘coisa quebrada’.
Paralelamente a essa discussão, encaixa-se a opinião do sociólogo Émile Durkheim, que explica ser o direito uma forma de manter o mínimo de consciência coletiva para que a sociedade não entre em processo de desintegração, ou seja, no caso do filme, o direito se introduz no sentido de fazer a justiça que não lhe foi feita por quem deveria ter sido. Tal atitude do protagonista, portanto, coincide com uma maciça opinião dos expectadores, que anseiam o êxito da justiça, tornando-se um sentimento comum, uma crença acima de qualquer outro principio.

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