Em muitas situações, diante do falho sistema de justiça, as pessoas acabam
percorrendo o caminho da “justiça com as próprias mãos”. È o que mostra o filme
Código de Conduta, onde diante do assassinato de sua esposa e filha e, revoltado com a sentença do julgamento, o pai de família busca a sua própria justiça
através de uma serie de assassinatos e,
vai além, mostra as falhas e a hipocrisia do sistema.
A construção do sistema se da pela
racionalização humana, porém está sujeita à erros, como tudo que é humano. Mas
isso não deve servir como justificativa dos problemas do sistema, pois
levaria a um exagerado pessimismo e descrença nas instituições. O filme, apesar
de criticar a justiça institucionalizada, sua forma e aplicação, o faz de modo
a gerar violência e, baseando-se em uma paixão irracional por justiça, confunde
o sentido desta com o de vingança. Isso leva à reprodução da violência e mais injustiça, anda em sentido oposto ao
aperfeiçoamento do sistema de justiça. Responder se alguma justiça é melhor que nenhuma , é
algo um tanto complexo, primeiro que a justiça pode ser interpretada de varias
maneiras, sendo ate subjetiva e, por isso deve existir um certo parâmetro do
que ela deve ser e , segundo que não é real um sistema
pleno de justiça.
Mas de qualquer modo, o caminho a ser seguido, se buscamos uma justiça
mais eficaz e até mais humanizada, que vai além das estatísticas de casos
ganhos no tribunal, como mostra o filme e, além da pura pratica e aplicação
convencional do direito e, que não deixa margens à vingança, deve seguir uma
nova perspectiva e abordagem do direito e, até pensar em uma maior flexibilização, sem
esquecer porém, a parte normativa deste,
que lhe é essencial. Assim, talvez possamos ter um novo horizonte à espera, uma
sociedade menos desigual e injusta; e lembrar sempre que também fazemos parte
da construção e criação do Mundo, independentemente da área de atuação.
Texto de Jessica Duquini - 1º ano Noturno
Texto de Jessica Duquini - 1º ano Noturno
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