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domingo, 21 de agosto de 2011

‎"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais" - Bob Marley

Não há melhor título para descrever o assunto discutido por Durkheim no capitulo II do primeiro volume do livro “A Divisão Social do Trabalho”. O capítulo é intitulado como “Solidariedade Mecânica ou por Similitudes”, o que quer dizer que determinada sociedade estrutura-se em mesmas ideias ou concepções de moralidade e ética. Normalmente, isso ocorre em sociedades tidas como primitivas ou “ultrapassadas”. Nelas, aplicam-se normas e punições de acordo com o que convém para o equilíbrio social baseado sempre na nocividade do ato.

Atualmente, essa concepção de “crime” deveria estar superada. No entanto, ela está mais viva do que antes e as penas são postas em prática pelas próprias pessoas que concebem essa ideias de crime. Intolerância, preconceitos, indiferença... São marcas de nossa sociedade contemporânea. Ah, e não podemos nos esquecer da hiprocrisia, da falsidade... Vícios? Talvez. Olhos vendados? Provável. Pessoas mal resolvidas consigo mesmas? Com certeza!

Racismo, xenofobia, homofobia, machismo. Criticam Hitler, mas não são capazes de perceber que fazem o mesmo. Condenam aquilo que pensam ser um crime à Humanidade. Sentem-se ofendidos por conviverem com as diferenças. O Projeto Genoma já provou não existirem raças. Se não existem raças, como uns podem ser superiores a outros? Estudiosos já provaram ser o homossexualismo algo influenciado pela genética e não “sem vergonhice”. Todos os homens já foram mulheres por um tempo, até seu cromossomo Y começar a atuar.

Quantas explicações a mais precisaremos para que toda essa intolerância se dissolva? Todos os dias, homossexuais, negros, mulheres são maltratados e até mesmo mortos por esses que se dizem seres “superiores”. Até que ponto nossa sociedade chegará com essa idéia de “crime”?! São situações desprezíveis e completamente dispensáveis a qualquer ser humano. Se não concorda, não precisa ser hipócrita e fingir que aceita, mas a violência é nojenta. Palavras muitas vezes também geram essa situação deplorável. Comparações como animais ou então definições como sendo “algo do capeta” são ridículas. Religião é algo que nos ampara, conforta, ajuda, não algo que serve para criar mentalidades estúpidas e gerar intolerância. Não critíco as religiões, muito pelo contrário, defendo a minha fervorosamente, mas não vivemos mais na Idade Média ou na época da criação de novas religiões para termos nossa mente controlada por elas.

“Respeito é bom e todo mundo gosta”. Não prego a Lei de Talião, mas impunidade nessas horas de intolerância banal só servem para não me orgulhar do Mundo em que vivo.

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