O nascimento do empirismo científico se dá como consequência do desenvolvimento do esboço teórico cartesiano e por oposição a ele. Os empiristas não admitem aquele que é o conceito mais caro aos cartesianos: as idéias inatas.
Não é concebível para os empiristas que qualquer coisa possa existir antes no intelecto sem possui qualquer tipo de vínculo com a matéria, com o mundo sensível. Todo e qualquer conhecimento que tenhamos até hoje sempre foi resultado de nosso contrato imediato com o mundo, o que só é possível através de experiências individuais.
Por sua vez, essas experiências individuais iriam se somando dentro do indivíduo e sendo processadas por seu intelecto, gerando mais tarde um conceito por trás da experiência imediata. Essa passagem seria possível através da indução, método de desenvolvimento do raciocínio e do conhecimento.
Francis Bacon (1561 - 1626) foi o primeiro filósofo a defender o método experimental, através de sua obra Novum Organum, em que expõe o método indutivo e a teoria dos ídolos.
A prática do método indutivo geraria na visão do filósofo, a possibilidade de estabelecimento de leis científicas que auxiliariam o homem no controle mais eficiente da natureza e de seus recursos, beneficiando a humanidade. Mais tarde, essa ideia proliferaria entre os iluministas com o nome de razão experimental, tornando-se a essência deste movimento filosófico.
Quanto aos ídolos, Bacon afirma que correspondem a todo e qualquer elemento responsável por nublar nossa mente, "nos levando a acreditar naquilo que não é verdadeiro", mas que apenas se manifesta como uma ilusão de verdade.
São em número de quatro: os ídolos da tribo, os da caverna, os do foro e os ídolos do teatro. Eles tendem a se manifestar de nodo que qualquer forma de novo conhecimento seja ignorado ou perseguido, contribuindo para a permanência das coisas.
Ana Claudia Gutierrez Kitamura 1° ano Direito Noturno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário