Émile Durkheim dá início ao pós-positivismo,
diferenciando-se de Comte por ser muito menos conservador, não pregando que
cada indivíduo deve exercer seu determinado papel para a ordem social e o
consequente progresso; ou seja, não prega a estabilidade social. A metodologia
de Durkheim consiste em observar e analisar os fatos sociais como coisas; reconhecê-los
e compreendê-los em razão da coerção que estabelecem sobre o indivíduo. Desta forma, o que prevalece na análise do sociólogo
é a sociedade, bem como na de Comte.
Durkheim sugere, entretanto, o tratamento de fatos sociais
como coisas porque, para ele, nós, seres humanos, deixamos nossa passionalidade
afetar o exame científico dos fatos. Sendo assim, a análise ideológica deve ir
das ideias às coisas, e não das coisas às ideias. Ou seja, deve-se enxergar os
fatos de maneira imparcial. Pré-noções acabam por obstaculizar a busca pela verdade
científica, o que Bacon denominava como “ídolos da mente”, que deveriam ser
combatidos, segundo ele.
A ideia de coisificar os fatos sociais, apesar de remontar a
Comte, se diferencia pela noção metafísica que ele dava ao conceber o progresso
como o sentido da História. Neste aspecto, Durkheim julga que Comte acabar por
se distanciar da verdade sociológica, valorizando sua ideia sobre a História e
não seus fatos em si.
Para Durkheim, a explicação do que é Estado, soberania,
capitalismo, socialismo se assemelha às explicações da Idade Média. Sua visão,
apesar de também ser positivista, é mais racional, pois tentando aproximar a
Sociologia das outras ciências, Durkheim acaba por diferir em vários aspectos
de seu antecessor Comte.
Steffani de Souza (1º ano Direito noturno)
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