Émile Durkheim, filósofo francês
e pai da Sociologia, afirma que “a consciência pública, pela vigilância que
exerce sobre a conduta dos cidadãos e pelas penas especiais que têm a seu
dispor, reprime todo ato que a ofende”.
A sociedade atual – nesse critério
– não difere daquela da época de Durkheim: existe a exigência de certas normas
e padrões a serem seguidos. Caso contrário, a pena é clara: olhares de reprovação,
sussurros irônicos, sorrisos sarcásticos.
Imagine aquele homem. Aquele
homem que acorda diariamente às 6h da manhã, toma café e dirige até seu local
de trabalho; que discute com os advogados e fica inconformado com o tamanho da
saia de sua nova estagiária; que almoça uma salada e vai para a academia; que
liga para sua esposa que se encontra em Paris à trabalho e faz promessas de
amor a ela; que ouve música clássica e que tem seu mundo girando em torno da
pontualidade.
Esse homem é seu vizinho, seu
marido, seu pai, seu colega de trabalho, seu amigo, seu irmão. Esse homem é um hipócrita;
pois, assim que as portas se fecham, esse homem se transforma. E como não se
transformar? A perfeição é exaustiva e os pedestais facilitam a queda daqueles
que aceitam ser colocados em seu topo.
Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno
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