O objeto de estudo da
sociologia metodológica de Durkhein é o “fato social” que consiste em maneiras
de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, mas que têm sobre ele poder –
ou potencialidade de – coerção.
O elemento mais interessante de
tal “fato social” é justamente sua coercibilidade. Exercida pelos membros de
uma própria sociedade, faz com todos sejam, ao mesmo tempo, opressores e
oprimidos, dando origem a um ciclo do qual é muito difícil se libertar. Qualquer
indivíduo que negue as manifestações coercivas, ou como popularmente se diz “vá
contra o sistema”, certamente irá encarar a desaprovação – quiçá o desprezo –
social.
Levando em conta a realidade
social atual do Brasil, por exemplo, é possível verificar que Durkhein estava
certo em sua proposição do “fato social”, pois a grande maioria das pessoas, em
qualquer comunidade da qual se tenha notícia, age de acordo com valores e
preceitos que lhes foram embutidos pelos pais, escola e semelhantes. Pode haver, é claro, opção entre A e B, no que
diz respeito a escolha de credo, religião, interesses e preferências, desde que
A e B estejam “dentro do sistema”.
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