O capitalismo, de acordo com Fredrich Engels em sua obra “Do socialismo utópico ao socialismo científico”, ao decorrer de seu desenvolvimento segue um círculo vicioso que é prejudicial, tanto ao burguês e à economia, quanto ao proletariado. ”Um desenvolvimento inaudito das forças produtivas, excesso da oferta sobre a procura, superprodução, abarrotamento dos mercados, crise cada dez anos, círculo vicioso.”
Esse círculo vicioso ocorre ainda hoje, tanto que ocorrera uma crise mundial há pouco e que foi causada por um liberalismo econômico – do capitalismo. No modelo burguês permanece a ideia de exploração do trabalhador através da exploração da mais -valia, que tem sua manutenção exercida pela constante oferta de mão de obra na forma do desemprego. A burguesia mantém parcela da sociedade desempregada para que o proletariado (empregado) não exija aumento do salário ou melhorias nas suas condições de emprego; uma vez que há outros trabalhadores desejando tal ocupação.Com isso, o burguês regula o proletariado, mantendo este à mercê daquele ininterruptamente.
Além da concorrência humana, propriamente falando, há também uma concorrência entre trabalhador e maquinário. As máquinas, em substituição ao trabalho manual vêm a cada vez mais tomando o espaço do proletariado nas fábricas; ao passo que exercem maior produtividade, não fazem greves, não adoentam, não se organizam em sindicatos para exigir melhores condições de emprego, não tiram férias e não são assalariadas. Dessa maneira, o proletário tem de se submeter às condições exigidas pelo dono dos meios de produção, condições essas que tendem a ser cada vez mais exploratórias.
É consenso que o capitalismo agrava as desigualdades sociais. No entanto, na prática pouquíssimas pessoas abririam mão de sua vida de capitalista, de seu individualismo em prol de uma melhoria geral,de um socialismo,de um comunismo. Quem iria se dispor a trabalhar para uma coletividade? Quem se disponibilizaria a compartilhar aquilo que possui por um bem comum? Na teoria tudo é muito lindo e solidário; porém na prática aquele que trabalha mais ou é mais eficiente em seu cargo se sentiria prejudicado ao ter que repartir sua produção com outro menos produtivo, e talvez até deixasse de ser tão eficiente ao pensar que os lucros seriam divididos uniformemente entre a população. Ninguém gosta de se sentir prejudicado. É inerente ao homem o espírito do individualismo, da competividade e o egoísmo. Instintos não são “quebrados” tão facilmente assim.
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