Engels acreditava que a resposta para os problemas da humanidade estava na própria história, ou seja, que essa resposta não estava em ideias abstratas, mas sim em "leis históricas" reais. Acreditava que a evolução da sociedade carrega em si as soluções para os próprios conflitos, criando a missão do homem de interpreta-la e enxergar o que ela está apontando. Engels, como muitos outros, enxergou o que considera fim inevitável da história: àquilo que mais tarde foi denominado Socialismo.
O socialismo propõe a extinção das diferenças de classe. Dentro de um mundo socialista as pessoas trabalhariam no que lhes fosse preferível, e toda a produção seria dividida entre todos. A propriedade privada não existiria, e tudo seria feito em prol do bem e da igualdade geral. Veio no século XIX para afrontar o Capitalismo e Iluminismo em que o mundo estava (e continua) mergulhado. Iluminismo este inicialmente elogiado por Engels, por ter surgido para romper com o sistema anterior, embora só procurasse a ascensão de uma classe social.
Para Engels, o Socialismo é o produto que o próprio desenvolvimento social aponta como necessário. O que diferencia a abordagem de Engels da de outros autores socialistas, é que ele o enxerga como ciência. Como algo a ser estudado levando em consideração a prática e a visão da sociedade como um todo, devido à importância da funcionalidade do sistema.
Apesar do fato incontestável de que o atual sistema capitalista não pode ser sustentado sem que o equilíbrio do mundo seja abalado, o socialismo não se mostrou eficaz na prática. Os países que hoje se consideram socialistas não correspondem em quase nada com as ideias de Engels, por exemplo. A incapacidade do homem de abrir mão de privilégios em nome do bem comum, o egoísmo e ganância que movem a humanidade são fatores que impedem e, infelizmente, impedirão por muito tempo o avanço da sociedade para o estágio de harmonia social que o Socialismo sugere.
Nicole Gouveia Martins Rodrigues
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