É interessante observar que para Engels o Socialismo seria inevitável
na história, que seria a solução das mazelas e contradições sociais. Como para
Marx, seu ilustre companheiro, uma revolução socialista viria de uma
polarização intensa entre a abundância de riquezas e a miséria.
No entanto, o capitalismo se flexibilizou para sobreviver, se
reformulou e assim continuou a explorar seus trabalhadores de forma mais sutil
mas não menos carrasca do que antes. As
chamadas revoluções socialistas que ocorreram não vingaram e o sistema burguês
utilizou-se disso para fortalecer-se.
Talvez hoje essa questão do proletário não seja mais tão
intensa quanto nos séculos XVIII e XIX. De uma maneira grosseira, não mais dividiria
a sociedade em burgueses e proletários, todos se unificaram numa massa de
consumidores. As contribuições da mídia e das diversas propagandas tentadoras
fazem de cada cidadão apenas um comprador em potencial ( uma nova alienação).
Disso decorre, a meu ver, que a exclusão social é quase sinônima de exclusão do
mercado. Para o mundo burguês - que
infelizmente é a elite que domina o mundo econômico e político e quem dita as
leis- aqueles que não podem consumir
devem ser segregados. Ou seja, aqueles que não podem comprar, que não possuem
poder aquisitivo para isso, nem possibilidade de trabalho e que acabam
recorrendo ao crime são jogados na cela
imunda de uma prisão e abandonados lá. Para nossa sociedade burguesa eles não
mais interessam, não mais servem para seus objetivos( o de tornar todo indivíduo
um consumidor). Isso leva a concluir,
que somos apenas meros fantoches nas mãos desse sistema, que constitui um
monstro manipulador de mentes através da mídia.
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