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segunda-feira, 4 de junho de 2012


É interessante observar que para Engels o Socialismo seria inevitável na história, que seria a solução das mazelas e contradições sociais. Como para Marx, seu ilustre companheiro, uma revolução socialista viria de uma polarização intensa entre a abundância de riquezas e a miséria. 

No entanto, o capitalismo se flexibilizou para sobreviver, se reformulou e assim continuou a explorar seus trabalhadores de forma mais sutil mas não menos carrasca do que  antes. As chamadas revoluções socialistas que ocorreram não vingaram e o sistema burguês utilizou-se disso para fortalecer-se.

Talvez hoje essa questão do proletário não seja mais tão intensa quanto nos séculos XVIII e XIX. De uma maneira grosseira, não mais dividiria a sociedade em burgueses e proletários, todos se unificaram numa massa de consumidores. As contribuições da mídia e das diversas propagandas tentadoras fazem de cada cidadão apenas um comprador em potencial ( uma nova alienação). Disso decorre, a meu ver, que a exclusão social é quase sinônima de exclusão do mercado.  Para o mundo burguês - que infelizmente é a elite que domina o mundo econômico e político e quem dita as leis-  aqueles que não podem consumir devem ser segregados. Ou seja, aqueles que não podem comprar, que não possuem poder aquisitivo para isso, nem possibilidade de trabalho e que acabam recorrendo ao crime  são jogados na cela imunda de uma prisão e abandonados lá. Para nossa sociedade burguesa eles não mais interessam, não mais servem para seus objetivos( o de tornar todo indivíduo um consumidor).  Isso leva a concluir, que somos apenas meros fantoches nas mãos desse sistema, que constitui um monstro manipulador de mentes através da mídia.

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