Em torno de meio século a frente
de uma das maiores demonstrações de força do capitalismo, a revolução francesa,
que consolida a burguesia como classe detentora de poder, Friedrich Engels
consegue ver ainda mais a frente de seu tempo.
Filho de um
rico industrial alemão, Engels começa a seguir um caminho diferente de seu pai
e juntamente com Marx, desenvolve o chamado socialismo científico, criando uma
analise mais profunda tanto do antigo socialismo utópico quanto do próprio
capitalismo, seus mecanismos de defesa e controle. Tal analise foi de suma
importância para a criação de uma maior praticidade no pensamento socialista (objetivo
claro de ambos os autores) e também de gerou mais força para antítese
capitalista.
Para Engels
e Marx, a base econômica de uma determinada sociedade influência diretamente na
visão de mundo das pessoas que nela vivem e não existe maior comprovação disto
do que a enorme influência que o capitalismo cria sobre as pessoas que nele
convivem. Sentimentos como a felicidade são confundidos com um simples desejo
de obtenção de lucro e a visão crítica e educação de uma grande parcela da
população, a dita classe média, é sugada e transformada em trabalho altamente
sistematizado e propaganda com o objetivo de gerar mais e mais lucro.
É
facilmente observado aos olhos do quem realmente deseja ver o domínio que a
burguesia exerceu e exerce sobre as classes ditas como “inferiores”, a
mecanização do trabalho, a exploração, a manipulação e a criação de uma falsa
noção de desenvolvimento da humanidade em seu aspecto humanitário jogando para
outras parcelas da sociedade a responsabilidade de corrigir erros do passado
que até hoje se repetem e marginalizam o proletariado que continua sofrendo os
mesmo abusos de sempre, só que agora com um poder de compra criado para a própria
manutenção do sistema.
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