Fredrich Engels, em sua obra "Do socialismo utópico ao socialismo científico", tenta abordar as ideias sociais de um modo científico, trazendo-as para o plano do real. Há, então, a concepção do materialismo dialético como método.
O que, primordialmente, nasce como uma revolução da razão norteada pelos defensores da "aurora da humanidade", torna-se mais um meio de conservação da situação entre exploradores e explorados, agora com o controle da burguesia.
A partir de então, há a percepção de que a luta de classes funciona como um motor da história, presente, com exceção do Estado primitivo, em todas as épocas. Tal visão leva o autor a pensar o socialismo como "o produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: a burguesia e o proletariado".
Tais ideias, unidas à dialética, em uma tentativa de perceber a totalidade conjunta dos fatos e não por meio de sua fragmentação trazem à teoria socialista um maior grau de cientificismo. E, se unindo ao conceito marxista da mais-valia, que justifica e aponta a exploração da classe trabalhadora, a teoria alcança a consistência que se buscava.
Renan Silveira
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