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domingo, 25 de março de 2012

O conhecimento aplicado na ação

Com uma proposta muito mais completa, Bacon vai além e alia razão à experiência em seu novo método na procura do conhecimento, o qual questiona o labor da mente, já que, para ele, a mente guiada por si só pode ir por caminhos tortuosos, e que através apenas da razão construímos ideias, e a ciência deve produzir obras para a melhora da condição humana, por isso aliar concepções a partir da razão nas ações, sendo essa a base do desenvolvimento tecnológico, que está sempre evoluindo. 
As mãos sozinhas não edificarão grandes obras, nem a mente sozinha produzirá uma obra satisfatória, por isso a combinação seria o ideal. Nas universidades esta ideia está muito presente, não só no curso de direito, o qual não existe sem a prova e a constatação, mas nos outros também; um médico não pode ser guiado apenas pela mente, já que a medicina precisa da experiência, da comprovação na hora de lidar com uma vida. 
As ideias de Bacon estão na raiz do nosso tempo, para ele a boa ciência deve afastar falsas concepções, e a mente constrói o senso comum, os ídolos. Uma pessoa que consulta a astrologia, que acredita que o seu signo influencia na sua vida está sob o ídolo do teatro, o das falsas ciências, que a afasta do verdadeiro conhecimento, por isso a mente deve ser guiada pela experiência. 
Graciliano Ramos, em Vidas Secas, mostra o homem sem estudo, sem conhecimento, que não sabe como argumentar e se defender, ideia esta de que "saber é poder", desenvolvida por Bacon. Para ele a ciência teria que dominar a natureza a favor do homem, e foi isso que o homem fez, até um vulcão que é um assombro pode ser usado a nosso favor na produção de energia.  

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