Em
sua obra “Novo Organum”, Francis Bacon defende, basicamente, que o
conhecimento, o saber e a ciência devem gerar frutos, ou seja, ações concretas
para o bem-estar do homem. E que para isso, o caminho fundamental se dá através
da experiência e da dominação da natureza.
O homem seguiu muito dos passos indicados por
Bacon: passou a utilizar-se da ciência para produzir resultados, no entanto,nem
tudo foi destinado ao tal bem-estar, foram desenvolvidas tecnologias capazes de
curar doenças, mas também de provocá-las; passou a estudar a e dominar a
natureza, todavia isso não trouxe tantas melhorias como se previa, sabe-se que
a devastação e exploração exaustiva do meio ambiente afetam drasticamente a
vida humana.
O que vemos, tanto na história como hoje, é que o
saber passou a ser instrumento de dominação e superioridade. Desde a Revolução
Industrial protagonizada pela Inglaterra até o Imperialismo Norte Americano, a
regra é clara: quem possuir mais conhecimento se torna hegemônico e poderoso
sobre o resto do mundo. Ou seja, o saber virou monopólio e é usado ou como arma
para destruir o próprio homem ou para privilegiar uma minoria e assim servir
como mercadoria ( como acontece com alguns remédios cuja patente eleva os
preços e limita o acesso).
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