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domingo, 25 de março de 2012

O fazer científico prático


   Inserido em um contexto político-econômico de consolidação monárquica na Inglaterra e atividade comercial elevada, o filósofo Francis Bacon publica sua obra de maior notoriedade, o “Novum Organum”. Opondo-se ao organum aristotélico o autor tece críticas aos gregos e à sua filosofia, bem como à ciência dedutiva. Para o inglês de nada adiantava a pratica especulativa desta , se não fossem realizadas obras em prol da condição humana.
   Bacon divide o fazer científico em dois métodos: um para cultivar a ciência e outro pra descobri-la. Em sua concepção era necessário associar a reflexão à filosofia, pois a chamada antecipação da mente apenas serviria para fomentar o senso comum. Além disso o processo de experimentação era imprescindível no exercício do conhecimento, uma vez que era forma de comprovar o que fosse concebido pela razão.
   Para o filósofo o homem seria apenas um contemplador e curador da natureza e, apesar de ser percursor da tecnologia, induzia o uso de maquinas e instrumentos de maneira responsável, não usurpando o ambiente nem seu curso natural.
   A teorização de Francis Bacon foi, e ainda é, extremamente influente sobre os campos relacionados ao conhecimento, pois propôs um novo método científico com fins práticos, e sua célebre frase “Saber é poder” traduz, inclusive, de forma sucinta, a essência da arte do Direito.    

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