Francis Bacon, também conhecido
como o “fundador da Ciência moderna”, foi um filósofo do século XVI que procurou
formular um método para buscar novos rumos para o pensamento científico.
Dando novos ares ao Empirismo,
Bacon critica até mesmo os empiristas anteriores a ele, ressaltando a
importância de um novo método que alcançasse um saber com utilidade prática e
não apenas saber por saber.
Apesar de dizer que seu papel não
era de juiz e sim de guia, a crítica do filósofo inglês à Filosofia Clássica e
aos Escolásticos, ao contrário da de Descartes que é mais ponderada, é muito
incisiva. Segundo Bacon, a filosofia clássica é “inútil”, pois se limita ao pensamento
e não tem um fim prático. Além disso, em sua obra “Novo Organum”, Francis Bacon
deixa claro que seu novo método seria inovador, fazendo questão de traçar uma
linha divisória entre seu pensamento e o pensamento anterior: “Os
descobrimentos até agora feitos de tal modo são que, quase só se apóiam nas
noções vulgares.”
Bacon foi muito importante para a
Ciência, moderna e pós moderna, porém algumas críticas feitas em sua obra “Novo
Organum” são demasiadamente exageradas. Não
se pode excluir a importância dos métodos e filósofos clássicos. Apesar da
Filosofia Clássica não ter tido fim prático imediato, serviu de alicerce para
formular conceitos atuais, como a Democracia, ou o próprio método científico.
Alguns questionamentos propostos pela Filosofia Clássica estão presentes até
hoje, outros foram resolvidos. A grande importância dos classicistas e do discurso
deles, também muito criticado por Bacon, foi justamente essa: talvez tenham
sido os primeiros a questionar tudo o que nos cerca e buscar respostas. Sem
esse questionamento, sem palavras, é impossível se criar alguma coisa prática,
é impossível chegar a alguma resposta e algum resultado.
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