Quanto do que pensamos e criamos é realmente útil para a
humanidade? O objetivo das discussões e do conhecimento é algo que intriga a
sociedade contemporânea. No entanto essa ideia já havia sido levantada a mais
de 300 anos pelo filósofo inglês Francis Bacon, que em sua obra “Novum Organum”,
propõe a criação de um novo método científico, buscando a clareza e a
aplicabilidade do conhecimento.
Em sua obra Bacon critica a filosofia grega que para ele tratava-se
de um instrumento estéril, pois suas discussões não levavam a nenhum fim
pratico que melhorasse a condição de vida humana. Essa crítica devia-se a
preceito adotado por ele de que todo conhecimento não deveria ser apenas um exercício
mental, estendendo-se a construção e desenvolvimento de facilitadores para a
vida cotidiana. A arte do saber deveria ser interpretada como algo produtivo e
de cunho desenvolvimentista ao passo que o mundo das divagações e conceitos
abstratos sem preocupações práticas seria abandonado.
As
ideias “baconianas” encaixam-se muito bem nos dias de hoje, pois somos
empurrados para um imediatismo, otimizando nossos pensamentos para
que sejamos cada vez mais eficientes e produtivos. Esse pensamento nos leva a
muitas indagações, inclusive se não estamos esquecendo a importância que as
coisas banais têm para que possamos nos desenvolver e estar bem com nós mesmos.
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