O pensador Descartes defendeu a dúvida como método de busca da verdade e do conhecimento científico ao basear-se unicamente na razão, que julgou ser igual em todos os homens, devido aos enganos proporcionados pelos sentidos e pelas experiências e a sua descrença com o ensino tradicional. Têm-se como exemplo a existência de diferentes culturas, convicções ,crenças e costumes, que caracterizam tanto a história da humanidade como a contemporaneidade, e a sujeição dos raciocínios a possíveis falhas para confrontar a ideia do pensador sobre a unidade da razão na espécie humana e sua plena validade, visto que o bom senso, a atribuição de certo e errado, os argumentos e concepções diferem entre os indivíduos, inclusive entre os que pertencem a uma mesma cultura e que uma afirmação, mesmo que lógica pode não ser real, como por exemplo: todos os reprovados no vestibular não possuem a capacidade exigida. Nesse raciocínio, apesar de lógico, não são levadas em consideração diversas situações e condições que influenciam o desempenho de estudantes numa prova. Esse fato demonstra a debilidade da razão como único pilar da ciência, mesmo que direcionada pela dúvida.
Atribuindo a infinidade à ciência e sob a concepção de que esta é a representação do mundo, Francis Bancon acreditava não ser possível conhecer muito acerca da natureza, sendo necessário o uso de intrumentos e mecanismos para auxiliar o intelecto humano e os sentidos. Dessa forma, o conhecimento seria atingido através da experiência e da razão regulada. Devido à variedade de causas e efeitos e as exceções existentes, a experiência por si só não compõe uma verdade científica, o que justifica a necessidade do uso da racionalidade.
A partir das colocações acima entende-se o porquê da Ciência Moderna ser guiada pela razão e pela experiência. Outra característica relevante do conhecimento científico atual é a busca pela neutralidade, que é comprometida pelas paixões humanas (ídolos da tribo), individualidade, formação e vontade (ídolos da caverna), linguagem e vivência (ídolos do foro) e manipulação da verdade, negligência e imposições (ídolos do teatro). Daí surge a necessidade de regular e auxiliar a mente para garantir a integridade do conhecimento científico moderno.
Eloáh Ferreira Miguel Gomes da Costa, 1° ano, Direito-Matutino
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