As
obras de Francis Bacon e René Descartes foram importantíssimas quando se diz
respeito à teoria do conhecimento, uma vertente filosófica que busca analisar como
alcançar o conhecimento verdadeiro. Cada um a sua forma estabeleceu métodos
para chegar a esse conhecimento, Bacon de uma maneira mais empirista e
Descartes racionalista, mas ambos com a ideia de uma universalidade no modo de
produzir ciência. Eles acreditavam que a ciência além de neutra, deveria
possuir alguma utilidade que servisse ao bem estar do homem.
Observando
a realidade é muito difícil, isso se não for impossível, dizer que a ciência é
realmente neutra, afinal só o fato de o cientista escolher um objeto em vez de
outro para seus estudos já demonstra certa parcialidade. Mas, mais que isso, a
ciência é vista como uma ferramenta que serve interesses, muitos assuntos,
fenômenos, substâncias são estudados ou não baseados no quanto de lucro eles
vão gerar.
Outro
ponto a ser analisado é se a ciência realmente é feita para o homem em geral, o
que observando, por exemplo, valores exorbitantes de medicamentos que por serem
produzidos por uma única empresa tem uma porcentagem de lucro imensa em cima
deles, podemos concluir que a ciência é produzida, vendida e utilizada por
apenas alguns homens. Isso pode ser analisado em diversos âmbitos, como na área
da saúde, na qual quem não tem boas condições financeiras não possui acesso aos
melhores equipamentos para a realização de uma cirurgia, e na área da educação,
em que quem pode pagar as melhores escolas, melhores cursinho acaba entrando
para as melhores faculdades, tendo assim uma melhor formação acadêmica.
Portanto,
na época em que Bacon e Descartes acreditaram que a ciência deveria ser neutra
e servir ao homem, essas ideias foram revolucionárias e hoje elas são utópicas
por serem um ideal quase impossível de se alcançar e nada correspondente com a
realidade.
MARIA CLARA TEIXEIRA AGUIAR, 1º ANO DIREITO / NOTURNO
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