Na atualidade, vemos uma apreciação pela razão, seja no modo de
produzir, seja na vida cotidiana, sobre tudo, na administração do tempo; tais
ideais foram discorridas por René Descartes e Francis Bacon, na Idade Moderna.
Mas pelo uso exacerbado da razão ocorreram inúmeros massacres.
Em sua explanação, Bacon, fala sobre “ídolos de foro” que por meio das “palavras,
impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto”
levando os homens a serem “arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e
fantasias”. Por exemplo, na Alemanha, em 1933, cerca de 10% da população estava
desempregada (6 milhões de pessoas); em meio a uma crise econômica e financeira
um homem diz que salvaria o país, assim Hitler subiu ao poder.
Para a dominação da natureza no tocante a convivência em sociedade,
Descartes, pela razão, dá a entender que devemos seguir as leis
independentemente da situação; pois esse seria um fim prático as várias
transformações que a natureza sofre. Utilizando-se dessa ideia, a defesa que, defendia
os juízes acusados de outorgar “procedimentos para a perseguição por atacado de
judeus e poloneses”, no julgamento de Nuremberg, disse que “apenas cumpriram as
leis”.
Vemos já com o Francis Bacon, uma crítica assídua aos gregos: “Os
gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos
para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois, a sua sabedoria é farta em
palavras, mas estéril de obras”. Devemos criticar onde erramos no passado, mas,
acima de tudo, devemos aprender com isso, produzir com isso. Produzir, no caso
do Holocausto, mais amor e respeito, não só a vida, mais também, a todo ser
humano.
Ao compilarmos esses pensamentos, vemos que há contemporaneidade com os
pensamentos desses dois filósofos, mesmo tendo escrito em meados do século XVI.
As pessoas veem um problema e querem sanar o mais rápido possível,
independentemente do meio a ser utilizado, por exemplo, a eleição de Donald
Trump, ou seja, a eleição de 1933 se repete, agora nos EUA. A razão, quando
apenas a levamos sem pensar em mais nada é o que nos “cega”, vide a ação
policial desmedida contra manifestantes na Venezeuela, “apenas estou cumprindo
ordens”, dizem os policiais. Entende-se então, que razão exacerbada é muito
prejudicial, e é o que há hoje. Onde não temos mais o lado emocional das
pessoas. Não há mais empatia!
Gustavo Maciel Gomes – Direito – 1ºano – Noturno
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