Desde o
surgimento do mundo enquanto civilização humana até a atualidade
observamos mudanças drásticas em quase todos os aspectos civis
exceto nas instituições de ensino. A educação é aplicada, ainda,
através de uma hierarquia necessária em uma realidade onde o
conhecimento é tratado como uma grandeza mensurável. Estes
pressupostos estão bem evidenciados no formato de aulas expositivas
onde se espera que o mestre – aquele mais sábio – transmita aos
alunos – aqueles que nada sabem ou que pouco sabem –
conhecimentos tratados como lineares e que devem ser somente
absorvidos e nunca questionados ou analisados.
Quando
René Descartes decide utilizar como método científico a
desconstrução de tudo aquilo que é tido como certeza, ele entende
o conhecimento como um caminho a ser percorrido e não uma verdade
pronta, única e consolidada, como podemos observar no seguinte
trecho de O Discurso do Método: 'cheguei
à conclusão de que, se a partir da juventude tivessem me ensinado
todas as verdades cujas demonstrações procurei depois, e se eu não
tivesse dificuldade alguma em aprendê-las, talvez nunca soubesse
algumas outras, e ao menos nunca teria adquirido o hábito e a
facilidade, que julgo possuir, para sempre descobrir outras novas,
conforme me esforço em procurá-las” (Descartes, p.40).
Quando
as escolas, desde a educação infantil até o ensino superior,
decidirem aplicar o método científico como método de ensino de
forma que entenda que o conhecimento é e pode ser produzido em
qualquer instância social, uma verdadeira revolução será
provocada na formação dos seres humanos enquanto indivíduos e
enquanto sociedade. Somente desta forma superaremos superstições e
'sensos comuns' nocivos para o desenvolvimento humano e social de
forma saudável e concreta. Um belo exemplo desta aplicação pode
ser observado no vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=5KgABl1codc
Maria
Catarina Mahtuk Freitas Medeiros Borges – 1º ano de Direito –
Período Matutino
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