Séculos
atrás, Francis Bacon e René Descartes elaboraram caminhos para que possamos
guiar nossos pensamentos visando obter conhecimento baseado na razão, sem interferência
de paixões ou ídolos que nublariam decisões que temos que tomar no dia a dia. Embora
divergentes, seus métodos, tem sido usados desde então, buscando superar as
falhas de nossos sentidos e crenças pré-estabelecidas.
Estipulou-se
que a dúvida deveria abranger tudo que já se conhecia, e que o conceito do que
era verdadeiro e do que era falso seria posto a prova novamente, à medida que
os princípios básicos estipulados por Descartes na busca da razão científica
eram seguidos. Também se criticava o trabalho da mente guiando a si mesma, pois
as antecipações da mesma originavam o senso comum, contrariando o objetivo da
priorização da razão.
O
problema está na falta de uso desses métodos, ou pelo menos, de algumas de suas
características para avaliar as chagas da sociedade atual. Pessoas utilizam de
qualquer fonte de informação para chegar a um conhecimento muitas vezes errôneo,
não se preocupando com a origem da notícia ou com as possibilidades da mesma
ser verdadeira. Resultando em notícias falsas espalhadas e repetidas tantas
vezes que acabam tornando-se uma versão fajuta da verdade.
Essa
efervescência que sofremos atualmente de uma busca constante por alguma
notícia, mesmo que não seja verdadeira, facilita o caos político, econômico,
social e moral que presenciamos. Falsos ídolos, percepções de mundo diferentes
sendo compartilhadas de forma errada e a crença na imparcialidade de meios midiáticos
provoca um efeito de “emburrecimento” da população e consequentemente, a perda
da busca pela razão ao longo da caminhada da humanidade.
Ananda Gomes Sanchez, 1º ano, Direito Noturno
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