Émile Durkheim pode ser
considerado fundador das Ciência Sociais, influenciado pelo positivismo de
Comte. Embora ambos tomassem a sociedade como objeto de análise, a ponderavam
de forma diferente.
Durkheim procurou focar seu
estudo nos Fatos Sociais, os quais definiu como uma força que tem o poder de
coerção sobre os indivíduos. Coerção? Como assim? Uma força que obriga alguém a
fazer algo? Na verdade, o sociólogo atribuía três características a eles:
exterioridade, coercitibilidade e generalidade. São exteriores porque vêm de
fora do individuo, ou seja, não nascemos com eles. São coercitivos porque a
sociedade os impõe, podendo sofrer sanções tanto sociais quanto legais se não os
cumprirmos. E por ultimo, são gerais porque se aplicam ao coletivo. Há inúmeros
exemplos de fatos sociais: nosso idioma, nossas vestimentas, nossas tradições,
como o casamento. Se pararmos para pensar, tudo ao nosso redor são Fatos
Sociais, isso me preocupa um pouco, pensar que tudo o que faço, escuto,
reproduzo são imposições feitas pela sociedade. Mas Durkheim enxergava tudo
isso apenas como um objeto de estudo e que todos os fatos sociais deveriam ser
analisados com objetividade.
Além disso, o sociólogo também falava
sobre o Funcionalismo, que descrevia a sociedade como um mecanismo harmônico em
seu coletivo, e que cada segmento desempenha sua função para manutenção do
todo. Caso alguma “engrenagem” falhasse com o todo, Durkheim descrevia isso
como uma anomalia que deveria ser corrigida de forma espontânea.
Sua importância para a fundação da Sociologia como ciência é incontestável, porém a objetividade que defendia ser necessária para seu estudo erá utópica.
Isadora Morini Paggioro - 1º ano diurno
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