Émile Durkheim define fato social como uma coercitividade que
atinge as pessoas em uma sociedade. Essa coerção é exterior ao individuo. Desse
modo, o fato social influencia os cidadãos. Por exemplo, desde o modo de se
vestirem para uma certa ocasião até pensamentos políticos e ideológicos em um
ambiente universitário, que teoricamente deveria ser um espaço aberto para
várias opiniões diferentes a fim de enriquecer o debate e a heterogeneidade de
ideias. Contudo, na prática, é bem diferente. Nota-se um ambiente muito mais
hostil, que refuta qualquer tipo de pensamento que vá contrário à corrente
ideológica dominante. Assim, o fato social está presente no cotidiano das pessoas.
Outro ponto importante a ser discutido no pensamento
Durkheniano é o conceito do funcionalismo. Segundo o filósofo, a sociedade é
como um organismo. Os indivíduos seriam as suas “células” e, na sociedade
moderna, há uma interdependência entre as “células”, algo que Durkhein denomina
como “solidariedade orgânica”. É interessante notar que, quanto mais
desenvolvida for uma sociedade, mais dependente as pessoas estarão umas das
outras.
O problema é quando o individualismo começa a ofuscar a solidariedade.
Essa Deficiência pode ser chamada de anomia. Analogamente, no Brasil e no mundo,
nota-se cada vez mais esse egoísmo das pessoas, discurso de ódio mascarado de
liberdade de expressão, preconceito, racismo, ataque às minorias, repressão aos
refugiados, tudo o que segrega a sociedade pode ser considerada uma tentativa
de quebrar com a coletividade, ou seja, pode ser considera uma anomia. O
combate a essa “doença” se dá justamente com o estudo e combate a qualquer tipo
de segregação, por meio do ensino e do respeito à diferença de ideias, opiniões.
Desse modo, pode-se atenuar o tumor da anomia e se construir uma sociedade mais
justa, mais bonita, mais coletiva.
Felipe Vital- direito noturno
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