"Rolezinhos".
Assim são chamados os passeios vibrantes, bem-humorados e descontraídos que os jovens das mais diversas periferias começaram a realizar como forma de diversão. Diversão, eu disse. Não protesto. Não protesto. NÃO. E que todos os revolucionários e reacionários se calem agora. Porque o silêncio é o legítimo clamor que ecoa pelas cidades – o verdadeiro protesto. Ecoa como o vento, sorrateiramente. E sim, meus caros, mesmo a brisa mais leve pode se transmutar em um tornado. Mas a vida, o cotidiano são mais do que simples protestos.
Ora, os jovens criaram o rolezinho como uma simples forma de rirem, se divertirem e esquecerem um pouco do mundo de privações onde se sustentam. E isso nas palavras de seu próprio idealizador, um jovem simples que, aliás, morreu vitimado pela violência há alguns dias. Mas na morte dele pouco se falou não? Não houve protesto no seu funeral? Onde estavam os grupos de esquerda quando ele viu a própria vida se esvaindo - como uma brisa - diante do mundo? Talvez preocupados em trocar farpas com o famigerado "status quo". Mas o mundo não precisa de debates nem birrinhas políticas, o mundo precisa de acionistas e também de ativistas - todos têm seu valor na sociedade. Pena que o mundo anda tropeçando no caminho, andando numa corda bamba que fica no limiar entre o maniqueísmo e o relativismo.
Assim são chamados os passeios vibrantes, bem-humorados e descontraídos que os jovens das mais diversas periferias começaram a realizar como forma de diversão. Diversão, eu disse. Não protesto. Não protesto. NÃO. E que todos os revolucionários e reacionários se calem agora. Porque o silêncio é o legítimo clamor que ecoa pelas cidades – o verdadeiro protesto. Ecoa como o vento, sorrateiramente. E sim, meus caros, mesmo a brisa mais leve pode se transmutar em um tornado. Mas a vida, o cotidiano são mais do que simples protestos.
Ora, os jovens criaram o rolezinho como uma simples forma de rirem, se divertirem e esquecerem um pouco do mundo de privações onde se sustentam. E isso nas palavras de seu próprio idealizador, um jovem simples que, aliás, morreu vitimado pela violência há alguns dias. Mas na morte dele pouco se falou não? Não houve protesto no seu funeral? Onde estavam os grupos de esquerda quando ele viu a própria vida se esvaindo - como uma brisa - diante do mundo? Talvez preocupados em trocar farpas com o famigerado "status quo". Mas o mundo não precisa de debates nem birrinhas políticas, o mundo precisa de acionistas e também de ativistas - todos têm seu valor na sociedade. Pena que o mundo anda tropeçando no caminho, andando numa corda bamba que fica no limiar entre o maniqueísmo e o relativismo.
Mas deixemos as
divagações um pouco de lado. Coloquemos os pratos na mesa: dois
juízes, duas decisões. Dois pesos, quantas medidas? Vejamos sob a
perspectiva atual, como em um espetáculo:
“Em uma primeira
versão vemos uma decisão que permite os famosos passeios em meio ao
igualmente famoso Shopping Iguatemi”.
A esquerda vibra, até chora de emoção.
-Viva a democracia!
-Viva o direito de ir e vir!
-Viva o direito ao protesto!
E - Santo Cristo! Lá vem eles com esse papo de protesto.
Ora, mas não são estes que escondem o celular ou fecham o vidro do carro quando veem um grupo de jovens de bermuda e boné andando pela calçada à noite?
A esquerda vibra, até chora de emoção.
-Viva a democracia!
-Viva o direito de ir e vir!
-Viva o direito ao protesto!
E - Santo Cristo! Lá vem eles com esse papo de protesto.
Ora, mas não são estes que escondem o celular ou fecham o vidro do carro quando veem um grupo de jovens de bermuda e boné andando pela calçada à noite?
Segundo caso, juiz
proíbe os rolezinhos.
A esquerda se senta, a Direita ascende! Urra! e Vibra!
Esses colaboradores de Rachel Sheherazade (Sim, tive que buscar no google para poder escrever esse maldito nome).
E dizem:
-Fora os desordeiros! - Ah, os desordeiros, os malandros, os trombadinhas.
A esquerda se senta, a Direita ascende! Urra! e Vibra!
Esses colaboradores de Rachel Sheherazade (Sim, tive que buscar no google para poder escrever esse maldito nome).
E dizem:
-Fora os desordeiros! - Ah, os desordeiros, os malandros, os trombadinhas.
Bem, a
quem tomaremos por Judas hoje? A Esquerda ou a Direita? Sim, porque
tomar partido político hoje em dia parece que só serve para isto -
brigas e mais brigas com a oposição. Cadê a esquerda militante?
Cadê a Direita e sua pretensa "Ordem", seu aclamado
"Positivismo"? Não vejo militância, tampouco ordem. Ambos
falham em suas aspirações não? Ou talvez bem seja hora de
acabarmos com esse maniqueísmo político ridículo e nos unirmos
junto ao que realmente importa: a humanidade. E sem teorias do século
XX, pois o XXI trouxe muitas novidades a qual não estamos dando a
devida importância. Talvez nossa realidade multifacetada e
multicultural não nos reserve mais o luxo de trabalharmos com
teorias políticas antiquadas e que, sejamos francos, estão aquém
da verdadeira justiça que pretendemos. Afinal, o verdadeiro peso da
justiça deve ser a misericórdia, e não a vingança! A verdadeira justiça
deve ser um prato de comida, uma casa adequada e uma escola para a
periferia – não a “liberdade” de “protestarem” inertes em
um sistema do qual sozinhos não podem se libertar. Essa é a
verdadeira justiça, e a verdadeira Ordem. E para que alcancemos tal
meta, aceito abster-me de partido. Pelo bem da raça. Pelo bem do
povo – e meu próprio bem. Em prol de um mundo onde partido
político não seja apenas a adoção de um discurso pronto em uma
pátria pragmática. Em prol de uma realidade onde a luta já não
comece com a derrota. Derrota de um povo que esqueceu seus
verdadeiros objetivos, e com isso matou sua razão. O Positivismo, o
Marxismo até serviram à sua época. A nossa é outra. Não estamos
mais na “Era dos Extremos” , estamos na Era dos Rolezinhos.
Sejamos francos, sejamos sutis. Como o vento, que pode transmutar-se
em furacão, basta-lhe um eixo correto para girar. E girar. E girar.
P.S. - Sem poesia essa semana. >.<
Adolfo Raphael Silva Mariano de Oliveira 1º Ano Direito Noturno XXXI
P.S. - Sem poesia essa semana. >.<
Adolfo Raphael Silva Mariano de Oliveira 1º Ano Direito Noturno XXXI
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