No inicio do ano de 2014 começou a se propagar uma
nova moda nos centros urbanos brasileiros: os ’’rolezinhos’’, encontros que reúnem
uma enorme quantidade de jovens em shoppings centers, jovens no caso que,
geralmente, vêm das periferias das cidades. Os encontros são na maioria dos
casos combinados pelas redes sociais, o que atrai pessoas dos mais diversos
lugares.
Assim
que as noticias de que os rolezinhos estavam acontecendo com frequência passaram
a vincular na mídia, grande parte da população que frequenta os locais em que
eles ocorrem passou a se preocupar com a situação, alguns por medo da grande
aglomeração de pessoas, outros devido as consequências que ela poderia trazer,
como furtos e depredações.
A
partir dessa situação, os rolezinhos passaram a dividir opiniões: alguns
achavam que eles eram apenas lazer e diversão e não apresentavam perigos, e outros
que diziam que eles representam um perigo pra sociedade. Podemos ver essa
ultima opinião na liminar expedida pela Comarca de São Paulo pelo Juiz Dr.
Alberto Gibin Valella que apresenta uma visão positivista que busca estabelecer
a ordem proibindo o rolezinho.
Diferentemente
da liminar citada anteriormente, é a liminar do Juiz Dr. Herivelto Araújo Godoy
da Comarca de Campinas, que possui um viés mais pacifista e visa garantir a
segurança de todos, até mesmo dos participantes do movimento.
Esses
encontros foram, muitas vezes, formas que jovens de baixa renda irem de
encontro com coisas que eles almejam, deles se sentirem mais incluídos na
sociedade, mesmo que talvez eles não tivessem a plena consciência disso. As opiniões
sobre os rolezinhos mostram que muito tem que ser mudado na cabeça das pessoas,
pois a periferia tem direito a mais. Os rolezinhos não podem ser considerados
crimes, e sim manifestações culturais.
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