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segunda-feira, 5 de maio de 2014

A causa é social

Ao defender que a sociologia deve ter como objetivo estudar "fatos sociais", Durkheim levanta a questão das ações individuais justificadas por um poder de coerção maior, que leva os homens a determinadas ações, pensamentos e sentimentos. 
No contexto da criminalidade, discuti-se o que leva os indivíduos a cometer crimes: a razão é social ou individual? Ou seja, há homens maus por natureza ou fatores externos levam alguns homens a cometerem maldades?
A melhor maneira de analisar essa problemática e observando o que acontece em países com diferentes níveis de IDH. No Brasil, onde há extrema desigualdade social, onde há inúmeras falhas nos sistemas públicos (educação, saúde e etc.), a população carcerária é enorme. Enquanto, por exemplo, na Suíça, país muito desenvolvido e com baixíssima desigualdade social, onde os serviços públicos funcionam para todos, a porcentagem de presos na população é muito menos que no Brasil.
Fato é que existem distúrbios que tornam as pessoas propensas a cometerem crimes, entretanto, as pessoas com esses distúrbios devem ser tratadas separadamente, e não jogadas em presídios que só diminuirão a capacidade de vida em sociedade destes indivíduos.
A criminalidade é, portanto, fundamentada em causas sociais. É o meio em que vive um indivíduo que o torna capaz de cometer crimes, que gera a necessidade de alguns indivíduos viverem contrários às leis. Além disso, o modo como são punidos os criminosos é um ponto fundamental na diminuição, ou não, da criminalidade. A punição deveria ter como objetivo tornar o criminoso apto à vida em sociedade, e não a simples reclusão que gera mais ódio e, por conseguinte, mais crimes.

Gustavo Valente Pompilio - 1º ano Direito Diurno.

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